terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

As Mãos Sujas 1 - Jean-Paul Sartre


8 comentários:

  1. Vou ter de separar isto por vários posts, pois tenho limite de caracteres:

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  2. Vamos lá ver se a gente se entende um bocadinho.

    Sim, é verdade, não conheço esta peça de Sartre, e devo confessar que não conheço muitas outras também. É o mundo desconhecido para mim. Mas o que sei de Sartre e é muito pouco...é que era um filósofo representante existencialismo. E como quero ser o mais objectivo possível neste comentário, sigo dados de pesquisa.

    Existencialismo é, como tu bem deves saber, uma "corrente filosófica que destaca a liberdade individual, a responsabilidade e a subjectividade do ser humano".

    E isso te explica a razão do porquê de não reformular os meus comentários.

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  3. Primeiro de tudo...trata-se da minha liberdade individual percepcionar o mundo à minha volta...o que me dão a percepcionar...o que me mostram...o que leio...o que vejo...o que aprecio...o que degusto...com total responsabilidade de ser verdadeiro comigo próprio...e por esse meio, com os outros!
    Daí seguir muitas vezes a subjectividade que todas as coisas despertam em mim.
    Existencialismo implica que a existência tem prioridade sobre a essência.
    Eu vou no sentido oposto desse pensamento...acredito que, a essência de cada um é o que nos torna a existência algo de valor! Se eu não valesse a ponta de um chavelho como pessoa...se fosse vazio de conteúdo...se vivesse influenciado por tudo e todos...e não ditasse eu próprio a minha forma de pensar...a minha forma de filosofar...o que quero acreditar...o que quero ver...como quero ver...não seria nada! Se tu acreditas nisso...então consideras-me um nada e estás no teu direito. Mas isso não implica que eu seja a mesma coisa para o meu vizinho do lado...ou alguém do outro lado do mundo que percepciona em mim algo de valor mesmo até que, possa nem ter esse valor mas, é assim que sou percepcionado!

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  4. Daí que reduzo a minha existência a algo verdadeiramente insignificante. A minha essência isso sim tem valor...

    ...ou não terias feito questão que eu comentasse o teu blog...porque a certa altura me deste valor para o fazer. E quando te disse que provavelmente iria dar de mim...os comentários sob a forma como eu percepciono o que me mostras...disse-te isso como forma de te mostrar a importância que eu dei à tua essência!

    E a mim não me interessa nada se esta BD é baseada n'As Mãos Sujas de Sartre...a partir do momento que é a tua BD...isto passa, para mim, a ser teu. Pois não a farias se não quisesses retirar dela a sua essência para transmitir aos outros através da tua arte o "algo"!

    Eu levei isto como algo introspectivo...e digo-te já que se calhar não leria uma obra de Sartre...mas da maneira que a puseste aqui...fizeste algo que de outro modo seria altamente improvável...ou seja...vê-la...analisá-la...tomar as minhas próprias impressões sobre ela...e sobre o que nela está contido...e formar um juízo de valor de acordo com a minha percepção.

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  5. Como homem de geometria, matemática, arquitectura, segues regras (ainda ali no post "esperança" disseste que consideravas a arquitectura que ali estava má, embora tu o percepciones dessa forma, por se calhar teres conhecimentos que eu não tenho sobre isso...poderás dizer que é má...mas para mim, que percepciono apenas aquilo que vejo empiricamente, os meus olhos ficaram agradados com a beleza daquele esboço)!! Ao mesmo tempo apelas (como já me fizeste antes a crítica de valor que eu sigo demasiado as regras nos meus poemas) a que nos abstraíamos da realidade e das regras...para procurar algo mais...algo melhor!

    Em suma...

    Nos meus comentários...abstraí-me para percepcionar tudo o que rodeava a BD...inclusive a pormenores que não estão lá (como dizes) mas aos quais achei interessante a forma como o acaso veio confirmar uma natureza política da obra de Sartre que eu nunca tinha lido antes!
    E se bem te lembras...questionei-me...quase obrigatoriamente em todos os comentários que fiz...se estaria a percepcionar algo correcto ou errado. Mas dá que pensar...será que não foi excepcionalmente bom eu ter percepcionado daquela fora? Para tornar a obra ainda mais interessante...quer a dele quer a tua??

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  6. Contemplo...

    Nos meus poemas...sigo algumas regras...regras de rima por exemplo. Não suporto ver um verso sem rima...não suporto ver rimas soltas...gosto de métrica...gosto de sonoridade da métrica...é algo que me agrada...mesmo sacrificando a palavra que iria dizer...enalteço a profundidade dos sentimentos e emoções que retiro do que escrevo...seguindo não a palavra mas sim a maneira como escrevo! Algumas regras acho importantes para escrever...outras não...e não as sigo...como por exemplo a minha extrema e confessa demasiada utilização das reticências!! A mim dá a sensação de continuidade do pensamento, como uma pausa para respirar entre frases ditas, ou mesmo uma pausa para pensar no que vou dizer a seguir...mas é um instrumento que uso deliberadamente, pois sem ele sentir-me-ia nu!

    Assim como sentir-me-ia pior que nu, se calhar nojento, se comentasse algo que não sentisse.

    Dizia Álvaro Siza sobre o teu livro, e por conseguinte sobre ti:
    "Uma espécie de passeio na Mente de um arquitecto (própria ou alheia) em momentos em que se fundem instinto e razão – o que Jorge Taxa chama Poiesis".

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  7. Instinto e razão estão sempre ligados...uns seguem mais o primeiro...outros seguem mais o segundo mas sem nunca atingir os seus extremos...o que tu chamas de Poiesis.

    ...e o que para mim se traduz como apenas e só um diagrama do poder absoluto...vulgarmente conhecido como Taijitu.

    Espero que me tenhas compreendido um pouco melhor...e perdoa-me se os meus comentários te ofenderam de alguma forma! Mas a única maneira de te honrar com as minhas palavras, meu primo, é nunca mudar uma vírgula (ou uma reticência, no meu caso) que eu não sinta o dever de a mudar! Tudo o que está...é aquilo que eu sou (existência e essência)...bom ou mau...é ao critério de quem me percepciona.

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